quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Universidades reivindicam Pibid como Política de Estado e entregam documento a Fátima



Diante de sérias ameaças a investimentos voltados para a Educação, coordenações institucionais do Pibid no RN entregaram à senadora Fátima Bezerra, nesta segunda-feira (22), minuta do Projeto de Lei que propõe tornar Política de Estado o Pibid (Política Nacional de Iniciação à Docência. O documento foi entregue durante abertura das atividades do Pibid-RN (UFRN, IFRN, UERN, UFERSA, UNIFACEX) no semestre 2016.2, na Escola de Música da UFRN.

O programa tem atualmente 2569 bolsas no Rio Grande do Norte, informou o coordenador institucional do Pibid na UFRN, Lucrécio Araújo. Segundo o qual, 254 instituições de ensino superior são contempladas pelo programa de formação de professores em todo o Brasil.

A PEC 241, proposta pelo governo interino, foi citada pela secretária de educação de Natal, Justina Iva, e pela presidente do FORUMDIR, professora Márcia Maria Gurgel, como medidas bastante ameaçadoras à educação e outras áreas sociais. "Não interessa hoje a esses que aí estão no poder um povo educado”, disse Justina Iva.

Na ocasião, a senadora Fátima lembrou a pesquisa do Ipea que atesta: se a PEC 241 tivesse sido aplicada entre 2006 e 2015, teriam sido retirados R$ 321 bilhões do país. “Não haveria a expansão da educação e tantos programas que conhecemos hoje. O Pibid não teria nascido, em 2007. Mas ele nasceu e não vai morrer. O país não vai aceitar esse golpe na educação", disse a senadora.

A reitora da UFRN e presidenta da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ângela Paiva Cruz, alertou sobre a necessidade de uma mobilização institucional. “O que nós precisamos fazer é a defesa da educação de qualidade gratuita, porque não basta ser pública. Fala-se sim, dentre outras coisas no Brasil, em privatização do ensino superior, sob a premissa de que nós temos elite aqui dentro”, disse a reitora, ao explicar grande equívoco do governo Temer.

A Andifes divulgou na semana passada que dois em três alunos de universidades federais são das classes D e E. “Essas políticas implementadas nos últimos anos garantiram que os alunos da escola pública, os negros, os pardos, os indígenas, os quilombolas tivessem, com mais justiça, mais condições de ingressar nas universidades. A universidade não é mais lugar de elite. A universidade pública hoje tem a cara do Brasil”, disse Ângela Paiva Cruz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário